quarta-feira, 3 de agosto de 2016

Como surgiu o PASOCOLA?



Na década de 1980, a União Central Brasileira, publicou alguns manuais de especialidades respondidas. Esses manuais incentivaram um grupo de desbravadores na Associação Paulista Leste a escrever manuais atualizados, pois o Manual de Especialidades foi revisado em 1995 e surgiram diversas novas especialidades e requisitos foram acrescentados. Esse grupo passou a focar em Especialidades da Natureza e outras que eram muito requisitadas, como as de Acampamento. Por volta de 2001, com a chegada de um novo Manual de Especialidades, surgiu a sigla PASOCOLA, veja como: 

A Especialidade de Acampamento 1, requisito 3, pedia o seguinte: “Saber oito coisas que devem ser feitas quando se está perdido.” O líder do grupo e regional da 5ª Região da Associação Paulista Leste, Ed Wilson Santos desenvolveu então uma sigla para auxiliar na memorização desse item.

Há muitos anos, os clubes de desbravadores e escoteiros usavam uma sigla de origem militar chamada ESAON, que significava:

E – Estacionar

S – Sentar

A – Alimentar-se

O – Orientar-se

N – Navegar


Foi então que o regional Ed Wilson resolveu adaptar as palavras dessa sigla para uma linguagem mais atual e incluiu ainda a Oração, que deve estar presente na vida dos desbravadores. Com isso, a sigla ficou assim:

PASOCOLA

P – Parar (no lugar de estacionar)

A – Acalmar-se (adicionado para desbravadores)

S – Sentar-se (permaneceu igual)

O – Orar (adicionado para desbravadores)

C – Comer (no lugar de alimentar-se)

O – Orientar-se (permaneceu igual)

L – Lembrar (alerta o desbravador a se recordar)

A – Andar (no lugar de navegar)


Essa sigla passou então a fazer parte das apostilas de Acampamento 1 que eram divulgadas no antigo site www.alfacentauro.hpg.com.br (que já não mais existe) e foram sendo copiadas por diversos outros sites, difundindo o acrônimo pelo Brasil inteiro. Assim os desbravadores passaram a ter uma sigla simples que os auxiliaria em casos de se perder no meio do mato. 

Prendedores de Lenço (histórico)



Os prendedores de lenço são tão antigos quanto o lenço do desbravador. Aqui iremos contar um pouquinho de sua história, curiosidades e como ele evoluiu até os dias atuais. 


Os prendedores de lenço eram conhecidos como "canudo" desde a década de 1960 quando o padrão utilizado era uma espécie de canudo de cor verde. Esse canudo ficou por muitos anos, até que na década de 1980 foi substituído por outro canudo também de cor verde, porém translúcido. 


 





Já no final da década de 1990, surgiram os "canudos" dourados, que permaneceriam como oficiais até hoje. 





No entanto, com o decorrer dos anos muitos outros prendedores começaram a ser desenvolvidos e usados por desbravadores e líderes. Porém é umportante ressaltar que eles não são oficiais, confira o que o Regulamentos de Uniformes diz:






Ou seja, os prendedores de pano e de metal em formato que não seja de canudo, são chamados de "opcionais" e não de oficiais. No entanto, o regulamento permite o seu uso, mastodo o clube deverá usar o mesmo modelo.


O prendedor de lenço também é chamado por alguns de "arganel". Alguns modelos são feitos de corda, metal, couro ou mesmo alguns são comemorativos. Veja abaixo alguns deles:


Prendedor de couro

Prendedor comemorativo do Campori da Divisão Sul-americana 2014


Prendedor de couro com 3 entradas 

Prendedores de corda


Nos Estados Unidos, os prendedores são muito parecidos com os que utilizamos, no entanto, apresentam um fundo preto:





Em Portugal, assim como os lenços, temos vários tipos de prendedores, coloridos de acordo com o lenço. O lenço, por sua vez é da cor da Classe que o desbravador possui. Alguns usam apenas traçados de cordas:










Com o surgimento do Clube de Aventureiros e, mais recentemente, o lenço de Clube de Jovens e Clube de Embaixadores, foram desenvolvidos prendedores para eles também.



Uniforme de Clube de Embaixadores usado no Brasil

Cinto do Desbravador



O cinto do desbravador é usado com o uniforme de gala desde que este foi criado. Ele passou por algumas alterações conforme os anos passaram. No começo ele era cáqui como a cor do uniforme. Depois da mudança do uniforme, com a calça e saia mudando para a cor verde, a lona do cinto passou a ser verde também.





Segundo o manual, não é permitido usar cinto com símbolo de líder. No Regulamento de Uniformes da Divisão Sul-Americana, na pág. 41 diz o seguinte:

"Cinto Verde petróleo com 3,4 cm de altura (cinto cadarço), com fivela dourada tendo ao centro o emblema D3, nas cores oficiais e em relevo, medindo 3,6 cm de altura por 5,5 cm de comprimento. Não haverá fivela diferenciada para líderes."

O cinto não poderá ser utilizado sem o uniforme de gala, assim como o uniforme não poderá ser usado sem o cinto.



      


Nos Estados Unidos, a lona do cinto é preta e a fivela é prateada.







Alguns fornecedores de materiais para desbravadores, produzem alguns cintos alternativos, que não são oficiais e não estão no manual de uniforme, portanto não é aconselhável usá-los.


 




Caso você tenha outros cintos diferentes, enviem para a gente a foto para que possamos divulgar aqui no Museu do Desbravador!

Uniforme de gala (histórico)




Pr. Skinner
Quando as sociedades jovens começaram a se organizar, por volta da década de 1920, não havia um uniforme para essas sociedades, chamadas de Missionários Voluntários. Mas algumas Sociedades padronizavam uma roupa social marrom e cáqui. Já eram desenvolvidas algumas especialidades (chamadas de Honras Devocionais) e quem as ganhava podia guarda-las numa caixinha, pois não havia faixa de especialidades.



Com o passar dos anos, os Missionários Voluntários das Sociedades de Jovens começaram a se diferenciar, formando o clube de Desbravadores. Então, em 1944, surgiu o primeiro uniforme de gala, que era verde floresta mas não tinha nenhum emblema. No entanto, esse uniforme ficou poucos anos, pois um juvenil de um clube acabou sendo morto numa excursão na mata por uma pessoa que o teria confundido com um terrorista.

Quando a Associação Geral oficializou o Clube de Desbravadores, em 1950, surgiu então o uniforme de gala com emblemas (como o triângulo, desenhado pelo pastor Jonh Hancock) e o lenço. O lenço foi uma herança dos escoteiros, pois alguns dos primeiros manuais e normas do clube eram inspirados no escotismo. Haviam 4 cores de lenço, dependendo da Classe Progressiva do desbravador (AmigoCompanheiroCamarada Guia).


Pr. Henry Feyerabend
Cláudio Belz, primeiro a vestir o uniforme no Brasil







Esse uniforme era de cor napa, com um tecido mais grosso e de manga comprida. Tinha um quepe (também chamado bibico). O sapato e meias eram da cor marrom e tinha uma gravata preta.


O primeiro brasileiro a usar uniforme foi o Pr. Cláudio Belz, que esteve nos EUA, por volta de 1960, onde conheceu o Clube, gostou da novidade, mandou fazer uniforme e o usava ao voltar para o Brasil enquanto tentava iniciar a organização de um Clube no Rio de Janeiro, na Igreja do Méier. Este uso de uniforme não pastoral foi bem recebido, no início por alguns membros.



No início da década de 1980, o uniforme sofreu algumas alterações. A manga passou a ser curta e o tecido mais leve e de cor cáqui, tanto para calça, saia e camisa. A gravata deixou de ser usada, os sapatos e meias passaram a ser pretos para os homens (meia branca para as meninas).




Um dos acessórios mais polêmicos do uniforme surgiu no final da década de 1980. O boné no estilo beisebol, de cor cáqui, passou a fazer parte do uniforme substituindo o quepe. Recebeu muitas críticas (e ainda recebe) por se tratar de um acessório esportivo utilizado com um uniforme social. Apesar de muitos preferirem boinas ou mesmo o antigo quepe, a verdade é que o boné continua como padrão em nossa Divisão, sendo regulamentado como de cor verde (desde 2005) e opcional.

Por volta do ano 2000, os regionais e coordenadores passaram a usar um uniforme de camisa branca e calça verde. Esse uniforme permaneceu exclusivo desses oficiais até 2005, quando passou a ser usado por toda a diretoria. Os desbravadores deixaram de usar a calça (saia) cáqui e passaram a usar da cor verde também.

O padrão do uniforme de gala é designado pela Divisão a qual o clube pertence. Há 13 Divisões no mundo. Em cada uma delas o padrão é diferente. Há Divisões que são mais liberais e permitem lenços e uniformes de cores variadas. Há ainda outras que permitem o uso do quepe. 


A Divisão Sul-Americana é uma das mais tradicionais e que mais zela pela uniformidade de nossos desbravadores, por isso permite apenas o lenço amarelo. Não é permitido usar boinas em nossa Divisão, apenas o boné estilo beisebol padrão na cor verde.





A Divisão Inter-Européia permite que se façam lenços diferentes, dependendo da região. Isso pode virar uma confusão e descaracterizar o uniforme...



Uniforme usado na Suiça



Lenço usado na Alemanha



Veja abaixo alguns uniformes utilizados pelo mundo:

Uniforme utilizado na Divisão Pacífico Norte Asiática (Japão)



Uniforme usado na Divisão Inter-Americana (Guatemala)

Uniforme usado na Divisão Trans-Européia (Inglaterra)

Uniforme usado na Divisão África Meridional Oceano Índico


Uniforme usado em apresentações especiais na América do Norte



Uniforme usado na Divisão Centro-Oeste Africana (Togo)

Uniforme usado na Divisão Pacifico Sul Asiática (Indonésia)

Símbolos históricos






Se você tiver algum símbolo antigo, envie a foto para nós para que possamos divulgar aqui no Museu online do Desbravador!

Hino do Desbravador em 5 línguas



O hino dos Desbravadores foi oficializado em 1952 e a letra que temos em português foi traduzida e adaptada por Isolina Waldvogel. Veja a letra do hino em outras linguas:

“Nós somos os Desbravadores
Os servos do Rei dos reis
Sempre avante assim marchamos
Fies às suas Leis.
Devemos ao mundo anunciar
As novas da salvação
Que Cristo virá em breve
Dar o galardão.”
Hino original escrito por Henry Berg
  
Espanhol
Conquistadores somos,
los siervos del buen Señor,
adelante vamos ya luchando
bien con gran valor.
Salgamos a proclamar,
las nuevas de salvación,
Jesús va llevarnos pronto
a su real mansión.

Inglês
“Oh, we are the Pathfinders strong
The servants of God are we
Faithful as we march along
In kindness, truth and purity.
A message to tell to the world
A truth that will set us free
King Jesus the Saviour’s coming
Back for you and me.”

Alemão
“ Adventwächter, mutig und treu, als Boten für Gott,
den Herrn, Gläubig gehen wir voran, dienen redlich,
helfen gern, erzählen vom Heiland der Welt,
von Wahrheit, die uns befreit, denn Jesus, der Retter,
kommt gewiss für dich und mich.”

Francês
“Nos sommes les Explorateurs
Les serviteurs du Seigneur
Nous avançons avec foi
Nous sommes purs, vrais et droits
Nous voulons annoncer à tour
Un message lebérateur
Bientôt des cieux revient le
Sauveur pour moi, pour vous.”




Camporis da UCB (histórico)





Camporis da União Central Brasileira

1987 – Avaré – Ele está ao Leme

1992 – Ilha Solteira – Além do Rio

1996 – Brasilia – Unidos na Esperança

2002 – Unasp – Heróis de Hoje
Departamental Pr. Paulo Bravo

2007 – Barretos – Coragem pra Vencer
Departamental Pr. Nelson Milanelli

2012 – Barretos – Grito da Vitória
Departamental Pr. Ronaldo Arco

2017 – Barretos – Um Chamado de Coragem
Departamental Pr. Ronaldo Arco